De longe tudo é muito grande. Liverpool de lá, do Brasil, parecia mágica. Eu jurei pra mim mesma que quando chegasse aqui eu beijaria o chão, que aqui seria minha "terra santa". De perto você passa a ver as coisas com naturalidade e os dias fluem sem que você perceba. Só depois de uma semana por aqui eu resolvi que veria os lugares que sempre foram sagrados para mim. O plano era chegar aqui e ir correndo até Strawberry Field. O plano era peregrinar pelos beatle-places. O plano mudou. Eu não entrei em Mendips, não conheci o quarto do John. O Cavern Club é só um lugar bacana pra ouvir música e tomar cerveja com os amigos. E só depois de duas semanas olhando pela janela da cozinha e vendo o mesmo prédio, me dizem que foi ali que nasceu John Winston Lennon. O mito. O gênio. Eu não me abalei. Hoje de manhã fui até a cozinha, dei outra olhada. É, foi lá.
Um dia alguém me disse que os lugares são as pessoas. Liverpool é um lugar fantástico porque as pessoas que estão aqui comigo a transformaram em um lugar fantástico. Quanto aos Beatles, não, eles não estão aqui. É só um prédio, uma casa, é só uma faixa de pedestres. E eles não estão lá. Eles estão dentro de mim. Here, There and Everywhere.
Um dia alguém me disse que os lugares são as pessoas. Liverpool é um lugar fantástico porque as pessoas que estão aqui comigo a transformaram em um lugar fantástico. Quanto aos Beatles, não, eles não estão aqui. É só um prédio, uma casa, é só uma faixa de pedestres. E eles não estão lá. Eles estão dentro de mim. Here, There and Everywhere.
Até Já,
Paula Vidal