No post passado eu disse que estava tomando coragem para me expor. Pois bem. Coragem tomada, texto escrito, Paula exposta. Mas dessa vez o texto não é de autoria minha. Pela primeira vez meu blog recebe uma participação especial. Especialíssima, aliás: meu namorado. Ele inventou a história toda, nada mais justo que ele a conte.
Com vocês, Antonio Ledo me expondo:Liverpool além de tudo que já foi descrito, além dos acontecimentos e das amizades formadas, trouxe um novo vocabulário ao grupo. Em diversas línguas, vinda de diversas pessoas, escutávamos “que onda ¿”, “qual a questão?”... Mas nenhuma frase fez tanto sucesso nem foi tão repetida como: PAULA ? A ZUADA ? O que há por trás dessa frase repetida por pessoas das mais diversas nacionalidades ? Mexicanos, Ingleses, Chineses, Brasileiros a entoaram ao longo dos dias, e para entender, vamos voltar ao seu surgimento... Tudo começou em um final de tarde no número 15 do Tudor Close. Após combinarem que sairiam a noite, estavam no mesmo quarto cinco brasileiros e um jovem mexicano, que aceitara o convite de seus novos amigos tupiniquins para sair a noite, e por curiosidade, resolvera perguntar o significado de algumas palavras e frases em português. Os Brasileiros, por sua vez, felizes em ajudar, excederam a curiosidade do garoto mexicano, e o ensinaram as mais diversas palavras que eles usavam em seu dia-a-dia.
Enquanto o mexicano conversa com dois brasileiros sobre o novo vocabulário adquirido, os outros, impacientes, resolvem recapitular quem faltava para se juntar a eles... e entre a contagem de nomes, aparece um.... a própria... Paula ! Na tentativa de dar alguma referência para nosso amigo da terra do
Chaves lembrar quem era, apareceu na roda o adjetivo “ZUADA”. Eis então que começam a se formar ideias de não contar a ele o real significado de zuada, e sim, incitá-lo a chamar alguém assim... e porque não, ela, Paula ? Após singelamente acreditar que aquilo seria uma boa forma de se apresentar, Ernesto, o pobre mexicano, consegue aprender a pronunciar corretamente e com entonação a nova frase aprendida. Com o toque do interfone, é hora de descer e encontrar a outra parte do grupo, em que estaria também, Paula. Com as câmeras ligadas, os maldosos brasileiros aguardavam ansiosamente pela reação da colega. Então começa o diálogo...- This is Ernesto... – Henrique apresenta
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| ooooooooooooi? |
- Ernesto... – Paula Responde
- Paula... – Ernesto pergunta
- A zuada ? – Ernesto cumpre a missão
Bom, a cara de Paula Vidal já diz tudo...
Ela tenta achar o culpado, e de primeira acusa :
- FOI O ANTÔNIO NÉ?
Apesar de até hoje não aceitar que a origem da frase foi conjunta, ela ficou marcada em todos ali presentes, que se encarregaram de espalhar aos quatro cantos de Liverpool a famosa frase. Após tutores, professores, e funcionários da faculdade terem repetido, e até o cover de Ringo Starr do Cavern Club ter dito a frase após o show, pense, e fale você também...
- Paula? A zuada?
Para conferir os vídeos:
Texto por Antonio Ledo
Até Já,
Paula Vidal



Perguntar para uma beatlemaníaca se quer estudar em Liverpool é como perguntar se macaco quer banana. Eu bem sei que vim pra cá pensando em Beatles, Beatles e Beatles e que o curso acabou se tornando um grande pretexto para que eu estivesse, finalmente, no lugar onde eu sempre quis estar. Por mais estranho que isso possa parecer, ainda mais vindo de mim, tudo o que tem acontecido aqui vai muito além de Beatles. Não, eu não deixei de ouvir Beatles o tempo todo e eu ainda acredito que "tudo que você precisa é amor". Mas é que pela primeira vez eu consigo entender o que é crescer. Por aqui as coisas são tão diferentes e só agora, com 18 anos, eu consigo provar um pouco da liberdade que as minhas saídas pela noite paulistana nunca me deram de verdade. A liberdade que me faz enxergar tudo isso que vem acontecendo com olhos reais, sem deslumbre, e mesmo assim conseguir aproveitar tudo ao máximo.